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Showing posts from April, 2020

A Saga do Investimento P2P: Parte 2

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Acabei de receber este mês minha primeira parcela do empréstimo P2P que expliquei neste post . Lá fui eu solicitar o resgate dos meus R$117,87 e já tive a primeira surpresa: o valor disponível era de R$117,45. Tiraram alguns centavos de mim. Certamente, alguma letra miúda que não li no contrato. No momento da solicitação do resgate, outra surpresa: taxa de R$3 reias para o saque. Por que não perguntei isso antes? Resumo da ópera: não faz sentido nenhum eu sacar R$117,45 e pagar taxa de R$3 (2,55%). Serei obrigado a deixar este dinheiro acumulando lá na conta da Ulend. Na verdade, eles devem estar reinvestindo esse meu dinheiro em qualquer coisa enquanto eu fico aqui chupando dedo. E essa história de R$3,00 de taxa de saque é balela. Qualquer banquinho chinfrim permite TED sem taxa hoje em dia, principalmente para empresas que movimentam milhões. A saga continua. Vou tentar descobrir porque descontaram aqueles centavos da minha parcela e posto aqui futuramente. Atencios

Minha estratégia em Bitcoin

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Como não poderia deixar de ser, assim como muitos da comunidade FIRE por aí, eu tenho também alguns bitcoins. Entrei nessa onda no início de 2017, quando ocorreram os ataques cibernéticos do WannaCry. Devido à alta demanda de bitcoin para resgate dos dados roubados pelos hackers, a cotação do bitcoin disparou. Resolvi comprar em torno de 0,13BTC por uns R$1.300,00. Uma mixaria que vendi em 2018 por R$7.062. Um belo lucro. Mas fiquei pensando... por que não arrisquei mais! Eu, caso  se tivesse comprado 10BTC em 2017 Passada a euforia, 1 ano depois, por causa dos desdobramentos do BTC em outras moedas e um monte de eventos que eu nem tenho ideia (e nem quero saber), ocorreu que eu ganhei uns trocados na minha ColdWallet. Pensei então, vou começar a fazer trade com isso. Pois bem, essa é minha estratégia: Todo mês coloco R$500 na corretora; Quando BTC cai abaixo de R$29.000 eu compro tudo; Quando BTC sobe acima de R$40.000 eu vendo tudo; Tem dado certo. No momento estou c

Por que plano de previdência é um péssimo investimento?

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Volta e meia eu estou entrando e saindo de previdências. A primeira delas foi logo que comecei a ganhar minha mirrada bolsa universitária. Entrei no banco e fui logo fisgado por uma maldito gerente que me empurrou uma previdência que "cabia no meu bolso". Mensalidades baixas e taxas lá nas alturas. Só de administração era uns 4% ao ano. Assim que adquiri um mínimo de conhecimento financeiro percebi a furada total. Liguei para o banco e cancelei na hora. Duro foi aguentar a atendente tentando justificar o prejuízo que eu teria fazendo o resgate antecipado. Dava vontade de falar um bons palavrões naquela hora. Você é muito especial para nós. Nas empresas em que trabalhei, sempre me ofereceram planos de previdências com coparticipação. "Zé Cotinha, esse é bão!" Bom para jogar no lixo. SEMPRE rendem pouco e o resgate da parte da empresa sempre é altamente penalizada se você lagar o emprego antes da aposentadoria (o que inevitavelmente vai acontecer). Ju

Por que CDB é um dos piores investimentos?

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Na minha saga financeira espero que alguém aí aprenda com meus erros. Por muito tempo fui um avarento caçador de CDBs que pagavam qualquer merreca acima do 100% do CDI. Meus olhos simplesmente brilhavam quando via aqueles 132% do CDI! Eu colocava qualquer quantia livre e me achava o maior investidor do mundo! Uhuu! Achei um CDB pagando 132% do CDI! Agora vamos à análise racional da completa burrice que é o tal do CDB. Primeiramente, todos estão cansados de saber o óbvio: se o banco está neste desespero todo para pagar mais que o CDI então ele não deve estar bem das pernas. "Ah Zé Cotinha, mas o FGC vai me salvar". Inconscientemente, investimos pensando que a chance do banco entrar em liquidação é de, digamos, uns 0,0001%. E se eu disser que a chance é de 50%? Você se arriscaria por causa dessa merreca? Certamente que não! Estes 50% de chances de liquidação do banquinho de m*rda podem parecer exagero, mas passei agora a seguir o princípio do pior cenário em todos

Mudança de rumo nos meus investimentos

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Como devem ter percebido no meu último post de atualização financeira, minha carteira de investimentos mais parece uma sacola de investimentos. Os investimentos foram se acumulando em diversos setores de forma que agora me tomam um tempo enorme para acompanhar a evolução. O grande responsável por isso foi o meu Assessor Para Investimentos Aleatórios (APIA). Claro que minha curiosidade em aprender sobre novas formas de se investir no mercado financeiro acabou me tornando em cobaia de mim mesmo. Meu APIA de tempos em tempo me liga: "Zé Cotinha, tenho aqui um investimento imperdível. O papel de debêntures da Petrobrás está sendo vendido com deságio. 5,5%a.a.!" E lá vou eu comprar. Tomei uma decisão (essa crise covid-19 serviu para isso). Vou simplificar minha vida. Assisti alguns vídeos do JLCollins e estou convencido de algumas coisas: 1. Fundos de investimentos ativos só servem para encher o bolso de todo mundo menos o meu . Assessores, corretoras, gestores essa cambada

Por que fundos DI são péssimos como reserva de emergência/oportunidade

Por muito tempo eu achei que Fundos de Renda fixa (IMAB11, FIXA11 e outros fundos privados), seriam excelentes locais para obter um pouco de rendimento acima da SELIC e, ao mesmo tempo, ter uma reserva de oportunidade ou de emergência para ir às compras e me proteger em períodos de grande crise. Colocando isso à prova percebi que em crises estes fundos podem oscilar absurdamente devido à marcação a mercado dos papeis que ele carrega. Na crise desencadeada pelo COVID19 deste ano me vi na situação de ter que amargar prejuízo ao resgatar investimentos que erroneamente achava que não iriam negativar. Fica então como aprendizado. Reserva de emergência e oportunidade não podem oscilar em períodos de crise. Melhor mesmo é deixar em tesouro SELIC crescendo lentamente com a certeza de que manterá o valor no período de bear market. Ou melhor, investir a reserva de oportunidade e emergência em algo que se correlaciona inversamente com IBOV, como é o caso do ouro ou, na maioria das vezes, o dóla