Mudança de rumo nos meus investimentos

Como devem ter percebido no meu último post de atualização financeira, minha carteira de investimentos mais parece uma sacola de investimentos. Os investimentos foram se acumulando em diversos setores de forma que agora me tomam um tempo enorme para acompanhar a evolução. O grande responsável por isso foi o meu Assessor Para Investimentos Aleatórios (APIA). Claro que minha curiosidade em aprender sobre novas formas de se investir no mercado financeiro acabou me tornando em cobaia de mim mesmo.

Meu APIA de tempos em tempo me liga: "Zé Cotinha, tenho aqui um investimento imperdível. O papel de debêntures da Petrobrás está sendo vendido com deságio. 5,5%a.a.!" E lá vou eu comprar.

Tomei uma decisão (essa crise covid-19 serviu para isso). Vou simplificar minha vida. Assisti alguns vídeos do JLCollins e estou convencido de algumas coisas:

1. Fundos de investimentos ativos só servem para encher o bolso de todo mundo menos o meu. Assessores, corretoras, gestores essa cambada toda sai ganhando. No longo prazo, com muita sorte, sairemos do fundo no zero a zero.

2. Investir em fundos passivos de index, no longo prazo, significará economia de milhares de horas preciosas e boas noites de sonos e retorno superior aos fundos ativos.

3. Siga o princípio KISS (Keep It Simple Stupid)

O estopim desta decisão foi quando descobri que os fundos multimercados que eu havia adquirido me cobrariam 5% sobre o valor sacado como taxa de saída. Ou então, eu teria que esperar uns 45 dias para o dinheiro cair na conta. Em um ambiente tão volátil quanto esse nosso Brasilzão não faz sentido nenhum eu pedir resgate e só obter a cota em 45 dias. É uma loteria do inferno:


Eu cruzando os dedos por 45 dias torcendo para o mercado não quebrar no dia da quotização do resgate

Em razão disso, nos próximos anos estarei desmontando essa p*orra toda. Começarei vendendo meus fundos multimercados que foram os únicos que aguentaram firme nessa crise. Em seguida, aguardarei a recuperação dos fundos de ações e sairei de todos eles. Alguns papeis higiênicos, que comprei por sugestão do APIA, também irão cair fora assim que entrarem no zero-a-zero (VGIP11 e VIGT11).

Com a venda destes ativos, vou aportar no tesouro direto 2035, enviar uma boa quantidade para o exterior e aportar em PIBB11.

Assim que meus CDBs forem vencendo também irei alocá-los em algo mais simples de gerenciar. Reconheço que fui muquirana querendo ganhar uns centavos comprando um pouco de CDB de banquinho fodido para faturar alguns poucos reais acima do tesouro.

Minha reserva de emergência ficará em POU-PAN-ÇA DO BB. Não faz sentido colocar uma reserva em algo que não consigo sacar, por exemplo, em um domingão 3h da madrugada. A porcaria do Tesouro demora mais de 24h para cair na conta (sem contar a demora do TED da corretora). Fundos DI com papeis de longo prazo são furada total, pois oscilam na crise. Conta corrente com rendimento CDI 100% de banquinho de m*erda também pode me deixar na mão.

A intenção será ficar da seguinte forma:

Renda Fixa (50%): CDB e Tesouro (vou estudar IMAB11 para simplificar ainda mais essa parte)
FII(25%): ainda seguirei a carteira da Eleven Financial. Gosto de receber os proventos mensais e por isso não sei se trocarei isso por IFIX11)
Ações (10%): PIBB11 e ponto final!
Exterior (12%): 10% em Bonds Americanos (VBTLXe 90% VOO (S&P 500)
R.Emergência(3%): Boa e velha poupança BB

Reforço aqui minha intenção de aportar mais no exterior (Index S&P). Uma coisa eu tenho certeza nessa vida: o dólar não vai parar de subir nunca. USA é a maior economia do mundo e assim será por mais 100 anos no mínimo. Não vejo razão para não ganhar com a alta do dólar e, ao mesmo tempo, ter a segurança do maior e mais transparente mercado acionário do mundo. É lá que a banda toca!



KISS!

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