"Bobby" Axelrod é foda!
Quem ainda nunca viu a série Billions no Netflix eu recomendo fortemente. Antes de conhecer eu já suspeitava da loucura que seria este mundo financeiro. Por estes e outros motivos (muitos outros motivos), estou resgatando meu dinheiro de todos os fundos ativos.
Não quero, de forma alguma, dizer que gestores de fundos recorrem a meios ilícitos como o Axelrod da série Billions. Quero apenas dizer que ego, orgulho, competição, ganância e todos estes sentimentos "nobres" dos seres humanos se afloram neste mercado de fundos imobiliário e certamente influem em suas decisões.
Li um dia na Infomoney sobre eventos onde fundos "vencedores" são premiados. Os Axelrods brasileiro sobem no palco e são ovacionados. É tentador fazer parte do fundo destes mega investidores. Mas não tenho coragem!
Primeiro, o sucesso do gestor nos últimos 1, 5, 10 anos não é garantia NENHUMA de sucesso futuro. Se alguém me mostrar um fundo que bateu IBOV em mais de 20 anos, talvez dê algum crédito a ele.
O que garante que o Axelrod brasileiro do meu fundo não vá mudar de gestora? Não vai morrer ou simplesmente mudar de carreira? Ou mudar de estratégia? São muitas coisas que podem ocorrer em uma janela longa de 20 anos.
"Poxa Zé Cotinha, se a estratégia do fundo mudar eu pulo fora!"
Sim, mas as coisas não são tão claras. Mesmo que você perceba a mudança, ela virá embrulhada em um papel bonito que basicamente diz: "estamos mudando para melhor". E não há garantia nenhuma de que isso seja verdade.
Estou sempre descobrindo coisas que me desmotivam cada vez mais de investir em fundos. Como alguém tem coragem, nesse mundo e, principalmente, neste país, de investir em algo que te dá liquidez D+30, D+60 e até D+120! Imagina o cara que em Fevereiro/2020 resolveu resgatar uma pequena fortuna de fundo de investimento (Alaska, por exemplo). Mercado em alta! D+60 ocorre a cotização e dinheiro cai na conta. Daí chega a crise do COVID19 e no dia da cotização o fundo caiu 50%. Que merda!
Amigos, para mim D+3 é o máximo que tolero!
Ouvindo um podcast recentemente, o gestor estava reclamando da legislação brasileira com relação à taxa de performance. Imaginem o seguinte: você compra uma quota de R$100. Vem um vírus do capeta que faz o mercado cair 50% e sua cota agora vale R$50. Neste momento, um novo cotista entra no fundo pagando R$50 pela cota. Passada a crise, o fundo sobe para R$100. Total de 100% de aumento. Neste ponto, vem o gestor e te cobra 20% taxa de performance. Mas espera aí! Eu comprei a R$100 e vou pagar performance por ter voltado pro mesmo lugar que eu estava antes?! Sim, meu amigo. Vai...
Sem contar a taxa de administração que te pega na subida e na descida. Não entro no mérito se é justa ou não, só estou dizendo apenas que ela vai corroer seu patrimônio no longo prazo.
Não dá... para investir em fundos o cara tem que ter muita fé.
Sabe de uma coisa: Coloca no PIBB11 ou BOVA11 e esquece. Deixa a vida seguir e não se preocupe mais com Axelrod. Mas já vou dizendo que o dia que você fizer isso o seu assessor de investimento vai te ligar para dizer que você é maluco. Afinal de contas, ele tem que defender o ganha pão dele né?
Vou cuidar do seu dinheiro |
Não quero, de forma alguma, dizer que gestores de fundos recorrem a meios ilícitos como o Axelrod da série Billions. Quero apenas dizer que ego, orgulho, competição, ganância e todos estes sentimentos "nobres" dos seres humanos se afloram neste mercado de fundos imobiliário e certamente influem em suas decisões.
Li um dia na Infomoney sobre eventos onde fundos "vencedores" são premiados. Os Axelrods brasileiro sobem no palco e são ovacionados. É tentador fazer parte do fundo destes mega investidores. Mas não tenho coragem!
Primeiro, o sucesso do gestor nos últimos 1, 5, 10 anos não é garantia NENHUMA de sucesso futuro. Se alguém me mostrar um fundo que bateu IBOV em mais de 20 anos, talvez dê algum crédito a ele.
O que garante que o Axelrod brasileiro do meu fundo não vá mudar de gestora? Não vai morrer ou simplesmente mudar de carreira? Ou mudar de estratégia? São muitas coisas que podem ocorrer em uma janela longa de 20 anos.
"Poxa Zé Cotinha, se a estratégia do fundo mudar eu pulo fora!"
Sim, mas as coisas não são tão claras. Mesmo que você perceba a mudança, ela virá embrulhada em um papel bonito que basicamente diz: "estamos mudando para melhor". E não há garantia nenhuma de que isso seja verdade.
Estou sempre descobrindo coisas que me desmotivam cada vez mais de investir em fundos. Como alguém tem coragem, nesse mundo e, principalmente, neste país, de investir em algo que te dá liquidez D+30, D+60 e até D+120! Imagina o cara que em Fevereiro/2020 resolveu resgatar uma pequena fortuna de fundo de investimento (Alaska, por exemplo). Mercado em alta! D+60 ocorre a cotização e dinheiro cai na conta. Daí chega a crise do COVID19 e no dia da cotização o fundo caiu 50%. Que merda!
Amigos, para mim D+3 é o máximo que tolero!
Ouvindo um podcast recentemente, o gestor estava reclamando da legislação brasileira com relação à taxa de performance. Imaginem o seguinte: você compra uma quota de R$100. Vem um vírus do capeta que faz o mercado cair 50% e sua cota agora vale R$50. Neste momento, um novo cotista entra no fundo pagando R$50 pela cota. Passada a crise, o fundo sobe para R$100. Total de 100% de aumento. Neste ponto, vem o gestor e te cobra 20% taxa de performance. Mas espera aí! Eu comprei a R$100 e vou pagar performance por ter voltado pro mesmo lugar que eu estava antes?! Sim, meu amigo. Vai...
Sem contar a taxa de administração que te pega na subida e na descida. Não entro no mérito se é justa ou não, só estou dizendo apenas que ela vai corroer seu patrimônio no longo prazo.
Não dá... para investir em fundos o cara tem que ter muita fé.
Sabe de uma coisa: Coloca no PIBB11 ou BOVA11 e esquece. Deixa a vida seguir e não se preocupe mais com Axelrod. Mas já vou dizendo que o dia que você fizer isso o seu assessor de investimento vai te ligar para dizer que você é maluco. Afinal de contas, ele tem que defender o ganha pão dele né?