Homeoffice em tempos de coronavírus

Finalmente estou realizando um grande sonho: homeoffice! Só não está sendo perfeito porque meus treinos de natação também estão suspensos. E natação é uma de minhas paixões. Mas a vida é assim, para ganhar algo temos que abrir mão de algo também.

Infelizmente, no serviço público os projetos só caminham quando já era para estarem prontos há mil anos! Já venho dizendo aos chefes, coordenadores, diretores, ouvidoria e a todos que homeoffice é um caminho necessário. É uma solução que só traz vantagens: reduz custos, aumenta produtividade, traz mais satisfação ao servidor público, enfim, é algo que toda empresa e todo órgão público tem que fornecer.

Em todas as vezes que abri este debate fui solenemente ignorado. O servidor público só pode faze o que a lei permite (um civil pode fazer tudo o que a lei não proíbe). Como não tem legislação (ou norma interna no caso do meu órgão) permitindo isso, então isso não é autorizado. Os dinossauros que habitam as repartições públicas acham que serviço só é executado quando se está sentado na sua mesa de trabalho dentro da repartição pública. Sinceramente, 99% do que eu faço pode ser feito de casa em homeoffice.

Muito bem, agora que o Ministério da Saúde está dizendo para ficarmos em casa começou a correria dos diretores para que todos façam homeoffice. Obviamente, não existe nada na TI preparado para tal demanda do Rei. Então, começa o corriqueiro voo de galinha para todo lado. Uma comédia pastelão onde todos correm, cada um em uma direção se trombando. Este é, em geral, o kickoff os projetos em repartições públicas.

TI recebendo ligações após o Rei cagar um
nova regra no serviço público

O fantástico é que no final as coisas dão sempre certo. Ou dão certo porque são canceladas ou dão certo porque entram em produção no modo meia-boca-pra-inglês-ver.

E assim a vida segue no serviço público em tempo de coronavírus.

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