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Falar é fácil...

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 Algumas máximas do mercado que todos repetem como papagaios, mas na prática, poucos as seguem: Diversifique; Compre na baixa; Mantenha a carteira balanceada investindo onde tiver maior queda; Toda vez que sobra uma grana para eu aportar eu logo cresço o olho para os investimentos que estão performando melhor. Na mesma hora começo a projetar quanto eu irei ganhar de dividendos caso estes investimentos sigam tendo boa performance. Os patinhos feios da carteira eu tendo a olhar com desprezo e raiva: Ze cotinha, o que você tinha na cabeça para colocar essa porcaria no portifólio. Em seguida, vem a razão fazendo o contraponto com a emoção: Zé Cotinha seu idiota, você está novamente querendo seguir a cartilha da sardinhagem? O passo a passo para a falência? É nessa hora que abro minha planilha de balanceamento e vejo ela gritando: invista nos patinhos feios! Invista nestas coisas vermelhas piscando aí na tela! Não é fácil... Vou dar nome aos bois: estou com meus fundos imobiliários de papéi

Empurrando minha vaquinha no precipício

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Quando vim morar por 4 meses aqui nos EUA procurei uma cidade que tivesse um clima agradável, que fosse plana, que tivesse um bom serviço de transporte e que fosse fácil de andar de bicicleta. Chegando aqui já comprei 1 bicicleta no Facebook Market. Mal sabia eu que as coisas não seriam tão simples. Na segunda semana o pneu furou e fiquei na mão! Como não sou um ciclista no Brasil, não sabia que pneus furavam com frequência nas ruas de trânsito comum. Apesar da cidade ser amigável aos ciclistas (linhas exclusivas e motoristas que dão passagem) notei que eu parecia um E.T por usar este meio de transporte aqui. Descobri que carro nos Estados Unidos é ridiculamente barato. Qualquer indigente aqui consegue comprar um caminhonete cabine dupla. Só mesmo um E.T para ficar andando de bike por aí. O resultado prático disso é que era raridade achar lojas para reparo de pneus. Andei igual um louco à pé para achar uma loja (mesmo no google não achava). Acabei chegando em uma loja bem tradicional q

Meu cotidiano nos Estados Unidos

No momento estou passando uma temporada de 3 meses nos Estados Unidos. Graças às benesses do serviço público, há cada 5 anos posso sair 3 meses para me capacitar. A minha viagem começou a ser planejada há mais de 5 anos. Comecei enviando dólares para o exterior a 3R$/dólar (e achava que estava caro na época). Graças a esse planejamento, estou viajando gastando dólares a um preço médio de R$4,50. O dinheiro que eu mandava para fora eu investia em S&P500 e Bonds americanos. Graças a Deus (pura sorte mesmo!) o mercado se valorizou e eu tive um bom lucro. Lucro este que estou gastando agora. Ninguém prevê o mercado futuro. Portanto, é sorte. Mas fui precavido de deixar 50% em Bonds (títulos de dívida americana) caso tudo desse errado no mercado. Esses bonds andaram de lado todos estes anos. Não importa. Cumpriram sua função que era: não tirar meu sono caso o mercado caísse e eu precisasse do dinheiro para viajar. Aqui nos EUA estou fazendo o máximo para não esbanjar. Poderia alugar um

Morra com Zero - Cuidado: Quebra de Paradigmas!

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Acabei de ler um livro chamado Die with Zero: Getting All You Can from Your Money and Your Life Book, autor Bill Perkins. Ao término da leitura dava para ouvir os vidros das minhas convicções se estilhaçando dentro da minha cabeça. O conceito passado pelo livro é, em essência, simples: aproveite a vida enquanto tem tempo e saúde. Não deixe tudo para a aposentadoria. Já escutei isso diversas vezes, mas sempre me soou como conselhos de vó. O diferencial desta vez é que o livro foi escrito por alguém que fala a minha língua. E agora bateu fundo. O autor tenta (e consegue!) atribuir uma visão analítica e quantitativa aos eventos subjetivos da vida. Fiz abaixo um resumo para minha consulta a posteriori: Regra 1: Maximize suas experiência de vida positivas "Costumamos adiar nossas experiência até o ponto de ser tarde demais. Guardamos dinheiro e nunca conseguimos gastá-los naquilo a que nos propusemos inicialmente. Vivemos como se a vida fosse infinita quando na verdade é absurdamente

Vendi GGRC11

Fiz uma coisa que odeio: vendi posição em minha carteira. E olha que eu costumo segurar ao máximo, pois sei que o que conta mais contra o investidor é ficar girando carteira. Ainda tenho um monte de lixo aqui, mas esse mereceu ser vendido. Vendi o maledito GGRC11. As atitudes da gestão e da administradora eram tão escabrosas que beiravam o absurdo. Caso de polícia na minha opinião! Depois dos sardinhas se juntarem para derrubar a gestão (que sentou em mais de 300 milhões para mamar na taxa de administração), o ggrc11 começou a comprar um monte de porcaria no mercado. Por último, pagou caro em um galpão sem ter dinheiro para quitar a compra. Solução: vão fazer uma emissão a uns R$100 sendo que o VP está acima de R$130. É como se prostituir para ganhar dinheiro. Tentei votar contra na AGE, mas a forma de votação (via email (sic)) voltava dizendo "caixa de destinatário cheio". E por aí vai as trapalhadas da Zagros e CM Capital. Regra 1: se o investimento tira seu sono, diminua o

O fantasma da tributação dos meus FIIs

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Há uns 10 anos ouço sobre este fantasma de tributação de Fundos Imobiliários. Desta vez ele tomou corpo. Voltei!  O liberal (?) Paulo Guedes e sua equipe mandou para o congresso um projeto em que inclui tributação dos FIIs. Claro que isso não vai passar até setembro (prazo contábil máximo). Mas algum dia vem. Então preciso analisar se estou fazendo certo ou errado migrando meus investimentos para FIIs. Sem tributação eu podia reinvestir mensalmente os rendimentos fazendo com que o bolo crescesse mesmo com pagamentos recorrentes. Agora, essa estratégia será ineficaz. Não faz sentido receber valores periódicos sendo tributados para recolocar o montante no bolo. Nestes casos (reinvestimentos) o melhor é deixar o rendimento dentro do fundo (sem resgatar). Como isso é impossível de se fazer nos FIIs, talvez Títulos do Tesouro com Juros Semestrais passem a ser mais interessante. Lá, pelo menos, os rendimentos ficam acumulados por 6 meses antes de serem distribuídos (e tributados). Os Títulos

Minha evolução em Fundos Imobiliários (FIIs)

Quando entrei no mundo dos FIIs eu não sabia absolutamente nada sobre o assunto. Como qualquer um que nada sabe (95% dos atuais investidores de FIIs) eu me focava somente em dividendos. Minha primeira entrada contou com auxílio de um grande amigo que me deu a dica quente: Compre agências bancárias, não tem erro! São bem localizadas e o inquilino não dá calote! De lá pra cá é só problema que tem nestes FIIs de agências: Agência  fecha, banco fala que não aceita reajuste, banco da cano no contrato. Só dor de cabeça. Pulei fora a tempo e passei para o segundo nível de evolução: peguei uma carteira recomendada de uma casa de análise independente e comecei a montar minhas posições. A carteira se chamava Carteira Ganho de Capital. Lembrem disto porque mais à frente entenderão que é sinônimo de furada! Religiosamente, aportei meus recursos mensais na Carteira e, enquanto estava estagnado no nível 2 de conhecimento, fui feliz. Inclusive na crise de 2020 pude fazer bons aportes extras! Então v